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Foto do escritorOs Puritanos

O Espírito Santo » Joel Beeke



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A DOUTRINA DA ELEIÇÃO — O ESPÍRITO SANTO

Nosso Senhor Jesus Cristo sofreu e morreu para assegurar ao Seu povo a presença residente do Espírito Santo. Como o Pai e o Filho, o Espírito Santo está presente por toda parte do universo (Salmos 139:7), Ele é onividente (João 16:13), e Ele é eterno (Hebreus 9:14). Ele esteve envolvido na criação do universo, fazendo o que apenas Deus pode fazer — trazendo à existência tudo o que existe, à partir do nada (Gênesis 1:1-2; Salmos 104:30). Portanto, Ele é plenamente Deus. Assim como o Pai e o Filho, Ele é uma Pessoa: Ele tem uma vontade (1 Coríntios 12:11), Ele tem conhecimento (Romanos 8:27; 1 Coríntios 2:11), e Ele tem uma vida emocional (Efésios 4:30).

Na época do Antigo Testamento, o Espírito habilitava homens e mulheres para tarefas específicas: habilidade de artífice relacionada ao lugar de adoração (Êxodo 31:2-3), liderança (Juízes 3:10), e profecia (2 Crônicas 15:1; Miquéias 3:8). Ele inspirou homens, durante os períodos do Antigo e Novo Testamentos, para escrever a Escritura Sagrada (2 Pedro 1:21). Ele salvou pecadores e manteve-os salvos (Salmos 51:11).

O Seu trabalho, no período do Novo Testamento, está intimamente ligado com o do Senhor Jesus. A humanidade de Jesus foi criada pelo poder do Espírito (Lucas 1:35). Jesus ministrou no poder do Espírito (Mateus 12:28), e pelo Espírito Ele ofereceu-se a Si mesmo, para o Pai, como uma propiciação pelos pecados dos homens e mulheres (Hebreus 9:14). O Espírito ergueu Cristo dos mortos (Romanos 8:11; 1 Pedro 3:18).

No que diz respeito aos crentes, o Espírito Santo primeiro nos torna conscientes de que fomos criados para ser seres espirituais, e torna o amor de Deus real para nós (Romanos 5:5). Então, Ele regenera e vivifica os eleitos de Deus (João 3:5-6; Tito 3:5-6). Ele nos habilita para abraçarmos a Cristo como Salvador e para chamarmos Jesus de “Senhor” (1 Coríntios 12:3). Na conversão, um crente é batizado, em Cristo, no Espírito Santo, unindo-o com todos os outros crentes, em um corpo (1 Coríntios 12:13). O Espírito habita nos crentes, de tal forma que eles nunca estão sozinhos (Romanos 8:9; 1 Coríntios 3:16-17). Ele também assegura os crentes da sua salvação (Romanos 8:15-16) e os mantém seguros, como um selo em uma carta (2 Coríntios 3:2-3; Efésios 4:30).

O Espírito também concede aos crentes a ousadia de se achegar à presença do todo-poderoso Criador dos céus e da terra, e de chamá-lo “Aba, Pai” (Gálatas 4:6). Ele chama crentes para servir a Cristo (Atos 13:2-4). Ele opera na igreja, concedendo dons aos crentes, para servir o corpo de Cristo (1 Coríntios 12:7-11). Ele santifica o crente; isto é, Ele torna o crente cada vez mais parecido com Jesus (Gálatas 5:22-24). Ele ora pelos crentes (Romanos 8:26). Resumindo, Ele sustenta, fortalece e habilita a totalidade da nossa vida espiritual, como crentes. O apóstolo exorta-nos, em Gálatas 5:25, que “se vivemos no Espírito” — isto é, como recebemos vida espiritual do Espírito — então “andemos também no Espírito” — isto é, devemos viver vidas caracterizadas por uma genuína espiritualidade.

Em todas estas atividades do Espírito Santo na vida dos crentes, existe uma coisa, acima de todas as outras, que Ele está buscando fazer. Há um ponto central para a Sua obra e ministério nas vidas dos Cristãos. Nós vemos, em João 16:13-14, que na noite da Sua traição, Jesus está garantindo para os Seus discípulos que eles não serão deixados sozinhos quando Ele retornar para o Pai, depois da cruz e da ressurreição. Jesus diz que ainda estaria presente com eles, contudo não mais através da sua presença encarnada; ao invés disso, Ele iria estar com eles por intermédio do Seu Espírito Santo. Ele, portanto, os está ajudando a compreender algo do ministério do Espírito Santo, depois do evento que chamamos de Pentecostes.

Nas palavras “Ele me glorificará” (João 16:14), Jesus expõe para nós o mais importante papel do Espírito Santo na nova aliança. O Espírito foi enviado por Deus, o Pai, para focalizar a nossa atenção em Cristo, para acender em nossos corações um amor inextinguível por Cristo e por Seus propósitos, e para nos capacitar a fielmente refletir a Sua pessoa e o Seu caráter.

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​Trigésimo terceiro artigo da série "Grandes Doutrinas da Fé Cristã Reformada". Publicado com autorização

* The Reformation Heritage KJV Study Bible, Joel R. Beeke (editor geral), Reformation Heritage Books (RHB), Grand Rapids, Michigan, 2014, “List of In-Text Articles”. http://kjvstudybible.org

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